sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Corra que a Olimpíada vem aí 2016


A gente tava até pensando em afirmar nossa ausência em Copacabana no liberageral que o governo concedeu aos cariocas para curtirem aquele climão delícia de Eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito álco-ol, mas achamos que a combinação quantidade seres humanos (sic) reunidos + areia + vendedor ambulante + Grupo Revelação + Lulu Santos seria um argumento óbvio demais.

Além disso, temos ausências mais importantes para nos preocupar nos próximos sete anos. Se você estava preocupado com a Copa do Mundo no País do Futebol, segure-se na cadeira que lá vêm os Jogos Olímpicos no País da Falta de Incentivo e dos Atletas Quase.

Sem dúvida, a gente tá esperando passar a euforia (a nossa, inclusive?) para começar a pensar em motivos consistentes para não estar no Rio. Senão durante as Olimpíadas mesmo, por conta daquele sorriso vergonha alheia que só a gente vai saber ostentar depois de ficar polindo medalhas para outrem, certamente durante estes próximos sete anos de financiamento público de orgia, quer dizer, orgia pública de finanças, quer dizer... things like that. Como daqui sete anos já estaremos velhos demais para qualquer coisa que não seja achar tudo uma maravilha - afinal o que não tem remédio, remediado está- , o mais importante é saber que, ao longo desses anos, quando A voz do Brasil começar a sussurrar Yes we créu nos ouvidinhos do contribuinte (os nossinhos, inclusive), a gente vai ter que aguentar em nome da promessa incrível de gozar no final. Torcendo pra este final chegar logo pra gente ver o que é que sobra.

E 2016 que venha armado, porque se não for sob ameaça, nada leva a gente a crer que o Rio de Janeiro vá deixar de ser somente aquela peça publicitária muito bem produzida para ganhar o direito de sediar o evento. Mas até lá, temos algumas tarefas muito importantes:

1. Matar Galvão Bueno; 2. Transferir a população de rua do Rio de Janeiro para as cidades vizinhas; 3. Negociar a paz com os morros - na base do Cada um leva o seu e fica todo mundo diboa, chefe; 4. Iniciar uma campanha séria em favor do Pole Dance como esporte olímpico - dúvido que o Lula não se empolgue de ver alguns videos -, utilizando argumentos como: Se o Badminton pode, por que o Pole Dance não pode?; 5. Formar uma nova geração de esportistas, ainda em idade escolar - Ver o exemplo de eficiência do tráfico de drogas, sempre renovando suas frentes.

A gente sugere veementemente que se comece pela, não por acaso, tarefa número 1. Imagine a bênção de não ouvir: Começaram as Olimpíadas RRRRRRRRRRRRRio 2016!

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